Bussaco
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A duas horas de Lisboa, a uma hora do Porto, no meio de uma floresta, existe um palácio real. Ou irreal, pois parece até mesmo de contos de fada. Bem-vindo a Bussaco, que não é exatamente uma denominação de origem, mas é sem dúvida, uma lenda do vinho!
O Palácio do Bussaco, construído entre 1888 e 1907, para os últimos reis de Portugal, é um dos mais belos hotéis do mundo. E é onde se degustam os vinhos do Bussaco, famosos internacionalmente.
Trata-se de uma produção exclusiva. Uvas do Dão e da Bairrada, vinificadas no local, dão origem a vinhos engarrafados para serem consumidos apenas pelos hóspedes e clientes do restaurante do hotel, onde no passado aconteceram banquetes reais. Um charme, sem dúvida. E uma tradição, que começou em 1920.
A lendária adega do Palácio do Bussaco, que atrai enófilos do mundo inteiro, ao que consta tem mais de 60.000 garrafas estocadas, com safras disponíveis tão antigas como 1944, 1945. Parece bom. Muito bom...
Os tintos são produzidos com Baga e Touriga Nacional, e os brancos com Encruzado, Bical e Maria Gomes.
E os vinhos do Bussaco, sejam brancos ou tintos, são sempre surpreendentes. Não só pelas grandes características, mas também pela rara longevidade.
E por que começamos o texto contando que essa não é exatamente uma denominação de origem? Porque oficialmente, esses vinhos não se enquadram na regulamentação portuguesa, sendo portanto, um grande paradoxo: esses são vinhos de mesa, considerados, oficialmente, mais simples, só que estão entre os melhores de Portugal!
Mas, essa é uma exclusividade. Para degustar esses vinhos, é normalmente preciso estar lá, no hotel. O que é claro, também, parece uma ótima ideia.
E, afinal, é Buçaco ou Bussaco? Qual é a forma correta?
Originalmente, Buçaco, como aparece em documentos oficiais. Mas ao longo do tempo, convencionou-se Bussaco. Por quê? Porque a maioria das línguas dos turistas, que visitam o local, não reconhecem o sinal gráfico chamado cedilha, que colocamos embaixo da letra “c”, e acabavam por pronunciar “Bucaco”. Bussaco todo mundo consegue pronunciar, em português, em inglês, em espanhol, em francês... Melhor assim, então.
E, se você quiser ler mais sobre a produção vitivinícola de Portugal, clique aqui.
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